FELIZ 2011!!!!! - vejam o reflexo dos fogos no mar!!!

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Santos - SP - na virada

terça-feira, 23 de março de 2010

O DESTINO

Todos têm o seu destino, ninguém escapa!

Existia em certa época, um homem pobre, feio e muito infeliz. Reclamava o tempo todo de sua vida. Até que um dia, o chefe do inferno, “Satanás”, mandou um de seus assessores fazer uma proposta ao dito cujo.

Ele teria dinheiro, poder, se tornaria bonito e poderia viver a vida que quisesse, durante um ano inteirinho. Findo o prazo, teria que se apresentar imediatamente na porta do inferno.

O infeliz topou a proposta na hora, e já no dia seguinte acordou belo, rico e poderoso, começando a viver a vida que ele queria.

O tempo passa, e todas as nossas más apostas ou ações, não prescrevem, e acabam sendo cobradas...

Aquele ano passou muito rápido, tão rápido que o homem não se apresentou na porta do inferno como havia pactuado...

Após alguns meses de buscas infrutíferas, o emissário, cansado, chegou a uma cidadezinha muito escondida e distante... de lá mandou um recado ao seu chefe, o “Satanás”, dizendo que havia feito tudo o que podia, mas não conseguira localizar a tal alma...

Ao que seu chefe respondeu: já que o prazo tinha se esgotado, que ele escolhesse qualquer alma para trazer ao inferno.

Nesta noite, havia uma festa na cidadezinha e nosso amigo do pacto, que já havia voltado a ser feio, mas estava ainda senhor de si, resolveu dançar até cair de cansaço... O emissário foi à mesma festa, e na sua busca por uma alma, viu-se diante de difícil escolha. Mas, olha daqui, olha dali, deu de cara com um homem muito feio, mas alegre, pois estava dançando à vontade...

O emissário pensou... este é o cara mais feio da festa, é ele que vou levar, e o levou... “O destino é implacável!!!”

P.S. Esta estória foi contada pelo meu avô materno, Manoel. Obrigado, padrinho! Saudades!

MEU AVÔ MATERNO

Ele chamava-se Manoel, nasceu em Portugal, e chegou ao Brasil menino ainda. Quando se tornou adulto, conheceu e casou-se com uma italiana que ainda considero uma santa: Vovó Evelina!

Foi meu padrinho de batismo, e fazia questão que eu o chamasse sempre de Padrinho. Quando comecei meus estudos, era muito comum entre os colegas de escola, ouvir e reproduzir piadas de portugueses.

Numa de minhas viagens a Santos, para visitar meus avós, eu, que queria me exibir, contei uma piada de português, todos deram risada e eu fiquei muito orgulhoso... mas... aí veio o “presta atenção” do Padrinho:

“Neto(meu apelido), vou te falar uma coisa: português nasce em Portugal, mas burro nasce em qualquer lugar do mundo!”

Eu não tinha idade na época para compreender o significado daquela frase. Hoje eu entendo perfeitamente suas palavras, pois, com a globalização, você acompanha diariamente, online e real time todas as atrocidades e os absurdos que os seres humanos praticam...

Crianças morrendo de fome; homens-bomba se explodindo em atentados infames; homens que conseguem o poder e tentam levar seu povo ao fanatismo religioso; homens que querem ficar eternamente no poder; homens que quando finalmente deixam o poder, também deixam ruínas que demoram gerações para serem reerguidas, quando o conseguem. Homens querendo destruir o mundo, não se importando que eles e seus descendentes também serão destruídos... torcidas de jovens depredando, usando de uma violência tão intensa, capaz de destruir vidas, após um simples jogo de futebol.

Meu velho e saudoso Padrinho, você estava coberto de razão: O “Burro” nasce no mundo todo, sempre nasceu e vai continuar nascendo...

domingo, 14 de março de 2010

SANSÃO E DALILA

Esta eu preciso contar... é uma história bíblica, dizia que Sansão foi o primeiro super-homem do cinema. O filme chamava-se “Sansão e Dalila”, com os atores(já falecidos), Victor Mature e Ed Lamar, Sansão e Dalila, respectivamente.

No bairro do Bom Retiro, na Rua Barra do Tibagi, foi inaugurado o Cine Paris, um sucesso! Um dos primeiros filmes apresentados foi este clássico. A história era de um homem super forte, que com uma queixada de burro(o crânio do animal), derrotava todos os filisteus.

Só que ele se apaixonou por Dalila, que a serviço dos filisteus o traiu, e ele foi entregue drogado a seus inimigos que, para inutilizá-lo definitivamente, o cegaram.

Foi marcada uma grande festa para apresentar ao público o seu grande inimigo inutilizado. A festa foi num templo dos filisteus, e Sansão foi exposto a todos, impotente.

Dalila, na platéia, teve remorsos pelo que tinha feito, e foi até ele pedir o seu perdão. Ele, então, lhe pediu que ela o levasse até as duas colunas-mestras do templo. Lá chegando, ele se posicionou entre as duas colunas e, com uma força descomunal, derrubou-as. O templo inteiro ruiu, matando quase todos os filisteus. Esta história muita gente desconhece atualmente.

O fato é que fui com meu irmão mais novo, o Maneco(que Deus o tenha!), na matinê das 14 horas. Eu tinha 12 anos e ele, 9. Quando terminou a a matinê, eu fui embora, mas o Maneco pediu para ficar e assistir o filme de novo. Deixei ele lá...

Às 20 h., quando cheguei em casa, encontrei “mainha”(era assim que nós a chamávamos) toda preocupada, perguntando pelo meu irmão.

Expliquei que o tinha deixado no Cine Paris, às 16 h. e não o vi mais. Ela então me ordenou que voltasse ao cinema para encontra-lo. Lá chegando, às 21 h., eu o encontrei no mesmo banco, e falei: “ – nós precisamos ir embora, a mainha está te chamando...”. Aí ele me disse: “- eu quero ver só mais uma vez o Sansão derrubar as colunas e matar os filisteus, depois eu vou”...

Ao meu irmão, saudades, você era “a peça”!!! Beijos.

P.S.: me esqueci de falar que a força de Sansão estava nos seus cabelos, e Dalila teve que droga-lo para poder corta-los, consumando sua traição.

quarta-feira, 10 de março de 2010

PIADA - O PADRE E A VODKA - colaboração de Katia D Gargantini

Observação: desconhecemos a autoria, está na internet...Achei essa piada tão bacana que resolvi publicar no blog. Curtam! O Saudoso


O novo Padre da paróquia estava tão nervoso no seu primeiro sermão, que quase não conseguiu falar. Antes do seu segundo sermão, no domingo seguinte, perguntou ao Arcebispo como poderia fazer para relaxar. Este lhe sugeriu que na próxima vez, colocasse umas gotas de vodka na água benta, e que depois de uns goles estaria mais tranquilo. No domingo seguinte aplicou a sugestão e sentiu-se tão bem, que poderia falar alto até no meio de uma tempestade, de tão feliz e descontraído que se encontrava. Depois de regressar à reitoria da Paróquia encontrou uma nota do Arcebispo dizendo-lhe:

Prezado Padre, seguem algumas observações:

1) Na próxima vez, coloque gotas de vodka na água e não gotas de água na vodka.
2)Não coloque limão e açúcar na borda do cálice.
3)O manto da imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo não deve ser usado como guardanapo.
4)Existem 10 Mandamentos e não 12.
5)Existiram 12 Apóstolos e não 10.
6)Judas traiu Jesus, não o "sacaneou".
7)Jesus foi crucificado, não enforcado;
8)Tiradentes não tem nada a ver com a história.
9)A hóstia não é chicletes; portanto evite tentar fazer bolas.
10)Aquela "casinha" é o confessionário; não o banheiro.
11)Evite apoiar-se na imagem de Nossa Senhora, muito menos abraçá-la.
12)A iniciativa de chamar o público para cantar foi louvável, mas fazer trenzinho e correr pela igreja foi demais...
13)Água benta é para se benzer e não para refrescar a nuca.
14)Nunca reze a missa sentado na escada do altar;
muito menos com o pé sobre a Bíblia Sagrada.
15)As hóstias devem ser distribuídas para os fiéis; jamais usadas como aperitivo para acompanhar o vinho.
16)Procure usar roupas debaixo da batina.
17)Evite abanar-se com a batina quando estiver com calor.
18)Jesus nasceu em Belém, mas isto não significa que ele seja paraense.
19)Numa missa não se deve fazer perguntas ao público.
20)Também não se deve pedir ajuda aos universitários. Até porque eles não sabem nada.
21)Quem peca é um pecador; não um "f.d.p".
22)Quem peca vai para o inferno; e não "pra p.q.p".
23)Pelos 45 minutos de missa que acompanhei, notei essas falhas.

Espero que tais falhas sejam corrigidas já para o próximo domingo. Atenciosamente, O Arcebispo.

P.S.: Uma missa leva em torno de uma hora, e não dois tempos de 45 minutos cada . E aquele sujeito sentado no canto do altar, a quem você se referiu como "travecão de vestido", era eu.

domingo, 7 de março de 2010

ERA UMA VEZ

Sou leitor assíduo de jornais e revistas. Também ameaço navegações na internet, confesso que com as dificuldades naturais de quem nasceu a largo da geração computador pessoal e internet. Sempre gostei das histórias que começavam com “Era uma vez...”, pois elas me davam a impressão de serem verdadeiras.

Estou no limiar de meus 70 anos, e outro dia me emocionei ao ver que o Pacaembu foi inaugurado em 1940, ano em que nasci!

Lembro-me com muita clareza da primeira vez em que fui a um jogo de futebol no Pacaembu(naquela época ainda se escrevia futball). Eu era um garoto de 8 anos, e fui, junto com meu pai, assistir a um jogo do Palmeiras(meu time do coração) e São Paulo. Não me lembro quem ganhou, só sei que vi Leônidas da Silva (o inventor da “bicicleta” no futebol), e saí maravilhado com o que assisti. Na saída, a pé pela Avenida Pacaembu, maravilhado pelas pomposas casas que eu via, não conseguia entender porque morávamos tão precariamente lá no nosso Bom Retiro, várzea do Tietê, e sujeito a enchentes que, quase 62 anos depois, continuam iguais(ou piores).

Mesmo com a sensação de que o meu tempo já acabou, não me conformo com todos esses anos de políticos que, em geral, só enriquecem às nossas custas, e também por saber que nestes 70 anos, tudo continua igual em relação às enchentes... Pobre povo paulistano... Pobre povo brasileiro, com tantas outras falcatruas, dinheiro corrupto encontrado nos lugares mais insólitos, necessidades básicas como saúde, educação, saneamento... tão precárias, mesmo com a boa vontade de poucos para melhorá-las...

Tenho a sensação de ter vivido a vida toda como um palhaço, só que não caracterizado, como o grande Piolim (um dos maiores palhaços de espetáculos do Brasil). Quem sabe um dia isso tudo vai mudar? Quem sabe haverá um povo que clame por uma revolução, por uma limpeza? Será? Acho que, infelizmente, não estarei por aqui para ver...

“CAIR DO CAVALO”...

Não me lembro muito bem quantos anos eu tinha, só lembro que meu avô comprou um sítio em Valinhos.

Num final de semana fomos para o sítio e me lembro que lá chegando, minhas tias tinham esquecido as chaves em Campinas. Naquela época, Campinas e Valinhos não eram tão perto, e depois de todas as broncas, as tias foram buscar as chaves...

Depois delas chegarem e abrirem o sítio, meu pai, sempre ele, me pôs no selim de um cavalo, foi a primeira vez que eu montei. Achei muito legal!!!

A segunda vez em que montei um cavalo, já bem mais velho, casado, já tinha minhas gêmeas, foi num sítio em que meu sobrinho trabalhava.

Chegando lá ele me perguntou: “- você sabe andar a cavalo?”, ao que respondi:
“- deixa comigo, que eu domino isto!” (que pretensão...).

O que eu não sabia é que aquele cavalo tinha sido comprado da vizinha há 10 dias...assim que eu subi nele, o desgraçado disparou para o estábulo antigo. Eu não conseguia parar o bicho!!!! Quando olhei para frente e vi o estábulo que ele ia entrar (ia bater exatamente no meu peito), resolvi me jogar... Caí de mal jeito, e me machuquei de verdade...

Passei 15 dias no hospital para cuidar de um rim rompido internamente. Que susto!!! Nunca mais montei um cavalo na vida! Sei exatamente o que significa “cair do cavalo”... Por isso, àqueles que quiserem se aventurar, eu aviso: cuidado!!!

quarta-feira, 3 de março de 2010

O BOM CABRITO NÃO BERRA

E não berra mesmo, pois vi com meus próprios olhos esta verdade!

Em 1952, eu tinha 12 anos, e, num sábado, fui com meu avô Guilherme na casa do meu tio Batista, casado com minha tia Lívia, um amor de pessoa, e tinham dois filhos, meus primos Rose e Batistinha (apelidos). Gostava e ainda gosto muito deles... Lembro-me como se fosse hoje, minha tia Lívia tinha feito uma DOBRADINHA INIGUALÁVEL, com muito esmero, passei a adorar aquela iguaria, e a preparo até hoje... depois do que vou contar agora, nós nos “fartamos” com a dobradinha...

Eu nem imaginava o que meu avô ia fazer, pois ele estava de terno preto e gravata, com uma linda camisa branca...

Quando chegamos, depois de uma subida cansativa(se não me engano, era a rua General Osório), lá em cima, meu avô tirou o paletó, arregaçou as mangas da camisa, colocou a gravata dentro da mesma, e fomos ao quintal da casa, onde nos fundos, atrás de umas grades, tinha um cabrito marrom, bem grande.

Qual não foi minha surpresa, quando ele amarrou as duas patas traseiras do cabrito, e pendurou o mesmo em uma árvore; depois tirou uma faca, não sei de onde, pisou na cabeça do bicho, e cortou seu pescoço sem a menor piedade, bem na minha frente... Fiquei horrorizado, mas não pude deixar de admirar a destreza do meu querido avô. O bicho não deu um MÉÉÉÉÉÉ, era um bom cabrito.

Aí ele pendurou o cabrito mais alto, tirou o “casaco” do bicho, quero dizer, a pele. Incrível, mas não tinha uma gota de sangue nas suas roupas impecáveis. Sua habilidade era impressionante!! após ele esquartejar o animal, todos lavamos as mãos, e fomos comer a dobradinha da tia Lívia, digna dos deuses.

Após um breve descanso, voltamos para a casa do meu avô, o que foi bem mais fácil, pois era descida... chegando lá, encontrei meu pai, que tinha vindo de São Paulo com a triste noticia de que eu tinha sido reprovado na segunda série ginasial. Ai como eu não era cabrito, eu BERREI, mas por pouco tempo.

Outro dia, conversando com a prima Rose pelo telefone, ela disse que lembrava deste dia, minha testemunha da mais alta qualidade!!

Minha tia Lívia ainda está entre nós, esta é uma homenagem a ela, com meu carinho e meu amor! Meu avô Guilherme, saudades!!!!

P.S.: esqueci de dizer que meu Tio Batista morava ao lado de um pensionato de noviças e, quando eu e o Batistinha íamos ao banheiro, podíamos olhar o banheiro delas, então, sempre esperávamos na surdina, para ver se tinha alguma pelada...rsrsrsrs

segunda-feira, 1 de março de 2010

A FESTA NO CÉU

Quando a curiosidade é inata, acontece desde os primeiros anos de vida... eu jamais esqueci uma estória que minha avó materna, “Vó Evelina” me contou, quando eu perguntei: - por que motivo, quando os cachorros se encontram, eles costumam cheirar a bunda um do outro?

Eis o que ouvi: “Deus, lá no céu, resolveu dar uma festa para todos os bichos que existiam na Terra, e mandou São Pedro convidar a todos.

No dia da festa, quando os elefantes começaram a chegar, Deus percebeu que o salão do céu poderia ficar muito sujo, e ordenou a São Pedro que falasse para os bichos que eles só entrariam, se deixassem as bundas na chapelaria...

A festa ia muito bem, a “balada” estava boa e animada, quando um macaco, sem querer, botou fogo no salão do céu.

Deus, muito preocupado, imediatamente ordenou a São Pedro que mandasse todos bichos esvaziarem o salão, ordenadamente...

Os primeiros foram os elefantes, foi fácil localizar seus enormes traseiros. Na sequência, as girafas, com seus traseiros lá no alto, fácil também. Depois delas, os rinocerontes...e assim, sucessivamente, a saída estava tranquila e ordeira...

Mas o fogo, de repente, começou a aumentar, e Deus apressou São Pedro, que ordenou aos bichos que saíssem correndo.

Os últimos a sair foram os cachorros, que medrosos e afobadíssimos, pegaram o primeiro traseiro que encontraram, e, portanto, cada um pegou a bunda errada!!!!

Por este motivo, hoje eles cheiram as bundas mutuamente, quando se encontram, procurando seu traseiro original....

Nunca mais esqueci desta estória, e todas as vezes que vejo dois cachorros se cheirando, lembro da “Vó Evelina”. Tirei como moral desta estória:

“Quando se pega a bunda errada, você passa a vida cheirando a bunda dos outros!!!”

Beijos, Vó Evelina! Saudade!