Meu pai me disse um dia: “meu filho, quem fala o que quer, escuta o que não quer”. Estive pensando:se me proponho a escrever alguma coisa, espero que alguém leia, e quem fala também espera que alguém escute, pois, do contrário, o mundo seria um hospício...
Brasília, nossa capital, fará 50 anos em abril... Lembro-me quando de sua inauguração... Todos os finais de semana, naquela época, eu vestia meu único terno azul-marinho, colocava gravata, e ia encontrar meus amigos em frente ao Cine Metro, na Avenida São João – ali era nosso ponto de encontro para paquerar as meninas. Eu tinha 20 anos, quando, numa tarde de sábado, estávamos num grupo de jovens, e era comum dirigir gracejos às “moçoilas” que passavam.
Nesta mesma tarde, vinha vindo uma linda jovem, carregando um violão nas costas, e eu, metido a galanteador brincalhão, me dirigi a ela, e falei: “queria ver se fosse um piano!”. Qual não foi minha surpresa, quando ela parou, olhou para mim, e disse: “eu arrumava um burro como você para carregar!”, e foi embora.
Desnecessário dizer que a gozação do grupo foi geral, o que fez com que eu ficasse 15 dias sem aparecer no ponto...
Aí, sim, foi que dei valor às sábias palavras de meu pai, e dali para frente, sempre procurei falar o que as pessoas querem ouvir. Agora escrevo histórias, espero que as pessoas queiram ler com alegria e satisfação.
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ahahahahhaha essa eu não sabia!!! ahahahahahahaha amei vô!!!! ahahahahahahahha Ai ai...q delícia terminar um dia estressante lendo suas histórias...como vc me faz sorrir! Te amo tanto! Sds!
ResponderExcluirKK!!! Podia dormir sem essa, né???A propósito, esse seu terno era aquele que vc guardava em baixo da cama, sob o colchão, para não ter que passar???
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